Bordeaux é a grande região da França para onde todos os olhares se voltam após a colheita. Por ser a mais importante, sem esquecer a Borgonha que é bem menor em tamanho, mas também por ver sua qualidade oscilar mais em função do clima. Os vinhedos do Mediterrâneo, mais ensolarados, oscilam menos. A região de Champagne com seus vinhos de reserva preserva uma boa estabilidade ano após ano. Antes de termos os vinhos vinificados os prognósticos são mais especulações do que afirmações. Vamos a elas.

O ano foi de quente a muito quente e pequenas chuvas antes da colheita ajudaram o viticultor a ter um pouco mais de volume. O eterno desafio é escolher a melhor data de colheita para se obter uma uva madura, mas antes das grandes chuvas do outono. O ano seco protege dos fungos, mas reduz o tamanho das uvas e o volume de produção. As chuvas do final de junho, em plena floração para alguns setores foram prejudiciais e reduziram o volume. Vamos aos fatos que pudemos constatar.
O volume será menor. A colheita das uvas para o Crémant de Bordeaux que aconteceu no final de agosto foi de muito boa qualidade. Depois foi a vez dos vinhos brancos secos que tiveram uma produção pequena e concentrada que deve permitir a obtenção de grandes vinhos. Para os tintos as opiniões se dividem, mas em geral de Saint Émilion a Pauillac passando por Pessac o resultado promete ser bom. No entanto os vinhedos com solos filtrantes sofreram mais com a seca e a produção diminuiu. Os licorosos, Sauternes e Barsac, depois de algumas belas safras sofreram um pouco este ano. Seja por uma podridão não desejada (não nobre) em algumas parcelas, seja pela falta de mão de obra para a colheita, que irritou alguns vinhateiros.
Apesar do alto desemprego na França sobram vagas em muitos setores. Santé.
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