Château Mouton Rothschild revelou em novembro a nova etiqueta da safra 2017 criada pela artista francesa Annette Messager. Até aí nada demais. É o mesmo script desde 1945. A artista criou livremente a peça Halleluja, Halleluja (Aleluia, Aleluia) remetendo a citações bíblicas sobre o leite e o vinho.
Você acredita que o Château Mouton Rothschild, que muitos fiéis consideram o melhor vinho do mundo, se permitiria fazer uma alusão bíblica ao leite? Se fosse ao ato de transformar a água em um grande vinho seria até compreensível. Por mais que Messager seja feminista aquilo nunca seria um par de seios. Talvez o fato de Annette Messager ter ganho em 2016 o prêmio Praemium Imperiale, equivalente ao prêmio Nobel das artes, na categoria escultura. Quando na mesma edição o brasileiro Paulo Mendes da Rocha ganhou na categoria arquitetura, foram apenas cinco ganhadores no total. No mesmo ano Rocha se posicionou contra a criação de Brasília e defendeu o Rio de Janeiro. “É a decisão política que, na minha opinião, é errada, dizer ao Rio de Janeiro que “aqui não é mais a capital”. Eu não teria feito Brasília, se pudesse teria evitado sua construção.” Será que a frase a influenciou? Parece quase uma ilustração da citada frase. Lembra-me até ilustrações do saudoso craque Lapí, no JB, nos anos 80.

Veja a ilustração de ponta cabeça e reflita. Ou tomei uma taça a mais? Santé.
Desculpe-me mas eu não gostei da ilustração, que remete à ideia do Rio de Janeiro como destino do turismo sexual.
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Alba, cada um vê como quer. Eu inverti a foto e vi o Pão de Açúcar. A autora viu a união de leite e vinho em passagens bíblicas. Santé.
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