Os lobistas que agem contra o Acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul fazem campanha reduzindo este a uma relação de venda de animais X carros. Como se o Brasil não fabricasse carros e só exportasse carne. Comemoram o ato de ter sido adiada no último dia 9 uma votação para ratificação do Acordo por vídeo conferência.
O lobby esquerdista ecologista, Coletivo Nacional Stop CETA Mercosul, é ativo e já enviou mais de 100.000 mensagens na primeira semana de novembro para Emmanuel Macron e aos ministros franceses Jean-Yves Le Drian, Franck Riester, Clément Beaune e Julien Denormandie para exortá-los a tomar as providências necessárias para obter o abandono do acordo UE-Mercosul em Bruxelas. O lobby também atinge prefeituras e autoridades locais.
Felizmente há ainda muitos tomadores de decisão europeus que ainda estão tentando salvar o acordo UE-Mercosul e estão considerando anexos ou outras adições às laterais para atender certas demandas. Mas o lobby rejeita qualquer medida: – “Isso está fora de questão. Devemos abandonar este projeto de acordo com o Mercosul”, afirma em seu comunicado à imprensa.
A pressão deste lobby que prejudica os vinhateiros europeus foi confirmada pelo secretário geral da CEEV, Comitê Europeu das Empresas de Vinho, Ignácio Sanchez Recarte, que atesta que a Alemanha, defensora do Acordo, exprime dúvidas neste momento.
Conexão Francesa acredita que os viticultores são os maiores aliados do Acordo e do Brasil, mas estes não estão mobilizados e devidamente informados. O Brasil hoje é um pequeno mercado para o vinho europeu, mas o crescimento do consumo e menores taxas podem colocar o vinho europeu numa posição de destaque e atenuar a queda nas exportações para EUA, China e Reino Unido. Para a França vinhos e destilados do vinho são o segundo item da pauta de exportação perdendo apenas para o setor aeronáutico, na frente mesmo do setor químico com seus perfumes e produtos farmacêuticos. O Brasil precisa escolher seus aliados. Santé.
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