O mercado brasileiro de vinhos deve fechar 2020 com US$ 400 milhões em vinhos importados e 15,8 milhões de caixas de 12 garrafas, segundo projeções da Ideal Consultoria. O preço médio por caixa é de US $ 24,6. Um crescimento de 19,8% em relação a 2019 quando o país importou 13,2 milhões de caixas. Este bom crescimento num cenário de queda do real que começou o ano a R$ 4,53 por euro e está neste momento a R$ 6,21 com um pico de R$ 6,75 em novembro mostra a pujança do setor. O consumo de vinhos subiu durante a pandemia do vírus chinês. O confinamento aumentou o consumo per capita em cerca de 50%, chegando a dobrar no terceiro trimestre. “Acredito que este ano fechemos com um per capita de 2,70 a 2,80 litros por pessoa com mais de 18 anos, contra 2,13 em 2019 que foi um ano que rompeu o teto histórico de 2 litros”. Estas projeções foram feitas com os primeiros dados que estamos tabulando de novembro, afirma Felipe Galtaroça diretor da Ideal Consulting.

Na nossa opinião 2021 será ainda melhor. O vinho nacional dobrou de tamanho o que deve ampliar o mercado. As empresas se adaptaram ao cenário pandêmico com criatividade e os resultados estão aparecendo. Quem não se adaptou saiu do jogo ou perdeu terreno. Sociologicamente quem passou a consumir vinho ou mais vinho deve manter ao menos em parte este novo hábito alimentar. Segundo apurei junto a alguns importadores o Natal deve ser bom, o que vai permitir um início de ano em patamar superior. O alívio no câmbio em dezembro, deve se confirmar ao longo do ano o que dá mais fôlego aos importadores e reduz o custo em reais. Prefiro as análises fundamentalistas às grafistas que apontam uma queda de 5% como no gráfico da Ideal. Os fundamentos são sólidos. Se o acordo de livre comércio com a União Europeia avançar é cereja no bolo. Santé.
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